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SILENCIAR SENTIMENTOS PODE COLOCAR A SUA SAÚDE EM RISCO! - CONHEÇA OS PERIGOS

08-04-2017

 

Quantas coisas reprimimos diariamente? Guardamos sentimentos como quem esconde um tesouro roubado, no entanto, não roubamos sentimentos, portanto, não faz sentido escondê-los de uma forma tão dura. Não é verdade?

 

“Você pode enganar-se e enganar muitas pessoas fazendo o papel de bonzinho, de coitadinho, ou pode contar mentiras para não ferir esta ou aquela pessoa. Você pode esconder tudo de todo mundo, mas o seu corpo sente e reage as agressões que você tem cometido contra ele.

 

Se você continua naquele relacionamento que não suporta mais, naquela rotina que rouba a sua alegria, naquela sociedade que já se desgastou, naquele emprego que rouba o seu prazer, ou naquela amizade falsa, o seu corpo vai sentir essas emoções e como uma bateria, vai carregar e armazenar esses sentimentos, até que um dia vai explodir como uma bomba atômica.

 

Desde crianças, somos obrigados a segurar-nos ás emoções. Muitos pais ensinam que chorar é “sinal de fraqueza”, “masturbação é pecado”, “sexo é vergonhoso e ter prazer é coisa de pessoas sem vergonha”. Desde muito pequeno, vamos sendo castrados nos nossos sentimentos e emoções e quando podemos tomar as nossas próprias decisões, em nome de “convenções da sociedade”, seguramos a nossa raiva, a nossa indignação, não abraçamos os nossos amigos, não beijamos por vergonha ridícula. A menina não abraça a menina por ter medo de ser chamada de “maria-rapaz”, o menino não abraça o menino com medo de ser chamado de “bicha” e os homossexuais, escondem os seus sentimentos com medo de serem rejeitados pela família e pela “comunidade”.

 

Assim, vamos armazenando sentimentos que precisam sair de alguma forma, e normalmente, todas as emoções traduzem-se em raiva e/ou tristeza, uma sombra que se esconde por trás da sua aparente figura. Quanto mais tempo você sofrer calado, mais doente vai ficar…” – Paulo Roberto Gaefke

 

 

         1. O meio-termo entre a necessidade

         da Fala e o Silêncio

 

Sabemos que o silêncio é sábio, e é sempre bom pensar antes de falar, afinal, antes de algumas palavras ignorantes, antes de um comentário fora do lugar ou antes de uma expressão inadequada, optemos sempre por fechar a boca e agir com mais inteligência do que aquele que fala sem pensar.

 

Mas devemos encontrar um equilíbrio entre o silêncio e a defesa das nossas necessidades:

 

Silenciar os nossos sentimentos ou os nossos pensamentos faz com que a pessoa que está à nossa frente, não saiba que nos está a magoar, ou que está a ultrapassar certos limites. Ninguém consegue adivinhar o pensamento dos outros, por isso se não dissermos aquilo que nos faz mal ou que nos ofende, as outras pessoas não o saberão.

 

Existem silêncios sábios e palavras sábias. Saber quando calar e quando falar é, possivelmente, a melhor habilidade que podemos aprender a desenvolver. Não se trata, de modo algum, de estar sempre calado ou de dizer sempre aquilo que temos em mente. Os extremos nunca são bons. Mantenha o equilíbrio, mas lembre-se sempre que esconder os sentimentos pode magoar. Se você permite que outros invadam o seu espaço pessoal, que atravessem os limites e que falem por você ou que escolham por você, no final você será quase que uma marionete guiada por fios alheios.

 

 

         2. As palavras silenciadas convertem-se

         em doenças psicossomáticas

 

Você não ficará surpreso em saber que a mente e o corpo estão intimamente relacionados e conectados. A conexão é tão grande que os especialistas advertem que quase 40% da população sofre ou sofreu na sua vida com alguma doença psicossomática.

 

O nervosismo, por exemplo, altera as nossas digestões, causa diarreias ou a clássica dor de cabeça. Muitos herpes labiais são desencadeados por processos de stress elevados, de nervosismo e febre. Assim sendo, ficar calado todos os dias e internalizar o que sentimos e o que pensamos gera no nosso organismo uma alta carga de ansiedade.

 

Pense em todas aquelas palavras que não deseja dizer aos seus pais ou aos seus amigos para não ferir os seus sentimentos. Eles fazem as coisas por si pensando que estão a ajudar, quando na verdade não contribuem. Porquê que não conta a verdade?

 

Tudo isso, no final, irá originar doenças psicossomáticas, tais como enxaquecas, pressão alta e cansaço crônico.

 

 

         3. Falar alto e em bom som:

         A chave do desabafo emocional

 

Não tenha medo de ouvir a sua própria voz, e muito menos que os outros também o façam. É algo tão necessário como respirar, como comer, dormir. A comunicação emocional é ideal para o nosso dia a dia, para estabelecer relações mais saudáveis com os demais e, logicamente, com nós próprios.

 

Aqui vão algumas dicas básicas para obter sucesso:

 

Pense que tudo tem um limite. Se não dissermos em voz alta tudo aquilo que pensamos e sentimos, não estaremos atuando com dignidade, perderemos a nossa autoestima e o controlo da nossa vida. Primeiro, tome consciência de que dizer o que está a pensar e a precisar é um direito.

 

Dizer o que você pensa não é causar danos a ninguém. Significa defender-se e, por sua vez, informar aos demais de uma realidade que deveriam conhecer.

 

Não fique preocupado com a reação das outras pessoas, não tenha medo. Porém, se você se preocupa muito com o que pode acontecer, pode preparar-se para as possíveis reações. Um exemplo: Está cansado do facto de que os seus pais apareçam na sua casa todos os fins de semana e que não tem tempo para descontrair. De que forma você acredita que irão reagir? Se você acredita que eles irão ficar chateados, prepare-se para justificar que não existe razão para mágoas. Caso você pense que eles ficarão magoados, prepare também o modo como irá argumentar, para não feri-los.

 

Pense que as palavras, dizer em voz alta aquilo que sentimos e pensamos é, na verdade, o melhor modo de liberação emocional que existe.

 

Pratique-o com sabedoria, cuide de si mesmo.


fonte: Adaptado de: "Equilibrio em Vida"

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